quarta-feira, novembro 15, 2006
Várias poesias e versos soltos
a tua pele corada ficando suada com o atrito
entre os corpos
os teus lábios cerrados encostando no meu,
macio como um pêssego, afável como a sêda
sinto um frio e um calor dentro de mim
e uma vontade de esquecer a finitude
deste instante..."
Relaxe
Relaxe, a vida é sutil
Porêm o mundo é vil e nos torna pessimistas.
Relaxe, olhe a sua volta,Observe a perseverança da natureza
Diante do descalabro humano.
Rerlaxe, existe o amor verdadeiro,
Mas é bem provável que você desacredite
Quando passar por decepções inesperadas.
Relaxe, querer agradar sempre
Vai te desagradar quando não puderes agradar constantemente.
Relaxe e ache dentro de si,
A voz da alma que é abafada
Pelo ego que finge ser teu coração.
"O poeta entende a alma do universo quando uni versos"
... e o coração entende que gosta de alguém quando a finitude da companhia se faz presente"
"Saudade: principal percussora das lágrimas que germinam o sentimento por alguém"
Quis rezar para pedir a Deus que te separe para mim
ofereci sacrificios intransponiveis e todo meu louvor por um instante com vc
de magia, clareado pelas estrelas cadentes
Eu fui teimoso, tentei outra vez
Te encontrei, te ninei.
e o sol forte me fez abrir os olhos e te deixar escapar"
"A magia esta na finitude dos bons momentos que passamos com quem nos mostra a amplitude da vida nas pequenas coisas"
" A tristeza é uma represa onde contemos o tédio, a inércia o medo e a nobreza de não dividí-la com ninguém"
"A ignorância é o entupimento do ralo por onde escoa a água com a sujeira do ego"
Poemas, versos soltos e pensamentos por: Éder Carneiro Cardoso e Silva
quarta-feira, agosto 23, 2006
quarta-feira, julho 19, 2006
Texto não-recente(2002), valor atual
No simples avistar da paisagem vejo a beleza da vida
Entrego ao meu pulmão o mais puro oxigênio
E devolvo com satisfação o gás carbônico para a natureza continuar o ciclo;
E tirar do meu pensamento o vício que a civilização insiste em alimentarao achar que ganham mais transformando “ela” em dinheiro, e construindo caos, Ah! Como eu lamento, mas lamentar não adianta.
Quem me dera ver os cientistas clonarem Che Guevara, Gandhi, Martin L. King...
Mas não, eles irão clonar pessoas simples, pessoas que pensam como nós pensamos - apenas pensamos, e não convertemos a fé em ação.É... Construímos em sonhos castelos, e não levantamos nem sequer uma parede de indignação diante do que fazem com a nação;
Respondemos a pesquisas, manifestamos a nossa discórdia, enquanto em nossa cidade tem injustiça, antiética na câmara municipal, e não temos coragem de irmos ocupar nosso espaço na tribuna, e exercermos nossa cidadania.
Ah! Cidadania, será que sabemos traduzir essa palavra, será que somos cidadãos, ou apenas fantoches dos maquiavélicos que insistem em usurpar dos humildes e corromper os ambiciosos, que quase sempre estão do nosso lado, mas não jogam a nosso favor, a favor da justiça, da honra e da verdade.Insensatez?
Descartem-na do nosso vocabulário, não busquemos válvulas de escape.Busquemos o calcanhar de Aquiles daqueles que estão sugando nosso suor, e dão-nos apenas a dose mínima para que sempre estejamos pedindo com a garganta seca mais uma gota d´água, e, ironicamente, a fonte é nossa, eles que se propõem em cuidar, porém quando falham, maquiam os rostos para confundir a massa, que infelizmente, aliás, propositalmente não receberam instruções e conhecimentos para discernir o joio do trigo.
Esses tiranos almejam a oligarquia, esquecem que iram ver a ferrugem degredar sua riqueza, a traça e o cupim consumirem suas especiarias.Ai sim eles verão que muito na mão de poucos, é muita água pra cano frouxo.
Eder Carneiro Cardoso e Silva
Publicado no Recanto das Letras em 02/11/2005Código do texto: T66469
quarta-feira, junho 07, 2006
Postagem dupla
Postagem I de II
Volta em si
Sigo estes passos dia após dia
E ainda sinto esse pesar
Escuto sua voz pelo ar
E esse instante é eterno
É fácil dar a volta no mundo
Quando não se consegue voltar a si mesmo
Vejo as estrelas despencarem ao me ver
Desiludidas com meu coração covarde
Largou o amor por medo de ser dois em um
Queria ser o caçador a todo tempo
Queria ser livre, preso no orgulho
Hoje rogo por você
Mas jamais me ouvirá
Pois o barulho das tuas lagrimas é mais alto
Que meu grito de dor
E o vazio do meu coração é menor
Que tua alma entristecida
Éder Carneiro Cardoso e Silva
28/05/06
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Postagem II de II
Um anjo com tulipas
E numa manhã de sol irradiante
Refletindo no orvalho que ofusca a janela
Chegarei com lindas tulipas a tua porta bem cedinho
E sentarei na escada à sua espera
Quando vieres regar as flores do jardim
Tocarei teu ombro com este ramo
E te abraçarei incontidamente
Um abraço sem validade
Pousarei minhas asas
E deitarei em teu colo
Me encontrarei em teus olhos
Respirando o perfume que as tulipas
Ofegaram na formosa textura dos seus lábios
Éder Carneiro Cardoso e Silva
04/06/06
sexta-feira, maio 26, 2006
Percepção de um sentimento - "Ela em mim"
Ela em mim
O frio é sua ausência
Sinto calor com sua presença
Mas você passa e olha pra mim sem emoção
Pergunta se estou bem, com um ar de esnobação
E eu volto pra casa sozinha, pensando em você
Fico vendo o jardim pela janela – as flores exalam seu perfume
As borboletas vem adorná-las com seu pouso, seu beijo
E procuro em mim o cheiro que te atraiu outrora
Não encontro, e perco a certeza de tê-lo algum dia
Dormir agora não é mais romântico
Não tem mais abraços, pernas entrelaçadas, cheiro no pescoço
Tomar café ficou frio, não tem mais frutas frescas cortadas com carinho
Beijos melados de mel, prato compartilhado com queijo e pão
E os olhos brilhantes de contentamento ao se encontrarem
Não há mais prazer em fazer o almoço cotidiano
Não escuto mais os elogios nem os suspiros ao meu ouvidos
Assistir um filme numa tarde fria é mais frio quer se molhar na chuva
O cobertor se torna gelo sem a pulsação do seu peito sob meu rosto
Durmo sem tomar café para evitar lembrar dos belos instantes
Em que chegavas em casa trazendo rosas e chocolates – e beijos
Esquecíamos o café, íamos pra varanda, você me colocava no colo
Recitava poesias olhando para as estrelas, olhando meus olhos
Hoje, sem você, pude perceber outro sentimento, que me mantém viva
Um sentimento que parece estar em nós desde o principio, é vizinho sempre
Ele não precisa nos tocar sempre, nos beijar para nos fazer bem, nos amar
Ele nos encontra nos momentos mais alegres, e nos tristes dias que vivemos
Afaga nosso coração sem cerimônias, deixar um rastro de saudade, e volta
Quando olhamos a lua, sentimos sua presença, pois ele também nos graceja sempre
Este sentimento denomina-se amizade
Este amante chama-se amigo
O frio passa
O calor volta aos corações
A paixão bate a porta
Éder Carneiro Cardoso e Silva
26/05/2006
17:47
quinta-feira, maio 25, 2006
Mensagem de Amor pela Vida , pelo Ser Humano
"Se eu pudesse deixar algum presente a você... Deixaria acesso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. Deixaria a capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo, a resposta e a força para encontrar a saída".
(Gandhi)
quarta-feira, maio 24, 2006
Araras da Liberdade
O homem que coloca um passarinho na gaiola
Faz o mesmo com a alma, impedindo-a de voar
E ao escutar o canto do pássaro ele acha que é alegria
Mas ao ouvir o murmúrio da alma sente-se em agonia
A alma que canta, clama à liberdade para fazer-vos livres
Livres da injúria bebida, da exacerbada racionalidade
Livres do egocentrismo, do desprezo pela origem divina
Todas as almas são gêmeas, todas são princípios da harmonia
Aquelas que são abafadas pelo pensar cru dos homens
Ficam no fundo do coração aguardando a alforria
Para impedir com azáfama que suceda o próprio perecer
Quando rompem as correntes e transladam no coração
Dão primor e encantamento pelo simples acarinhar do vento
E revogam-se contente, no canto absorvente do pássaro a bailar
Éder Carneiro Cardoso e Silva
17-05-06
domingo, maio 21, 2006
Caminho por casa
Eu sempre sigo algum caminho, é minha condição humana
Eu nunca penso se estou sozinho, sempre sinto sua presença
Faço das pedras percalços para permanecer onde tudo emana
Ponho a mão no bolso para não sentir o frio da insana descrença
Eu fico junto a uma árvore que relembra o manto de mãe; terno amor
Meu coração sente-se em casa, minha alma não quer voltar pra cidade
O céu termina sua graça e o arco-íris contempla o horizonte convidativo
Meus passos agora estão mais lentos, não tem pressa em sair desse campo
Cada orvalho, cada lírio, cada canto que ouço cria mais uma raiz no solo cativo
Quando piso o último pedaço deste campo, os meus olhos enxarcam-o em prantos
Percebendo o retorno do martírio, a natureza deserdada pela terra de tolos encantos
E já sinto a falta do manto, da chuva, da ave, dos lírios que me apresentaram o eterno campo
21/05/2006 -23:32