*(poesia oriunda de um comentário à poesia de Edson Márcio - Era uma vez)*
Era outra vez...
Era uma vez... um ser humano que "não tinha vez"
que pensava diferente, que andava "de trás pra frente"
que não gostava de abrir os dentes para mostrar que era alegre ou carente
Era uma vez... um homem que conseguiu fazer o percurso de volta...
sentiu o peso da existência e se espantou com a leveza da humana-idade...
Não saracoteou com retrógrados programados para um conluio em vão...
pode até ter sido libertino ou pragmático - mas nunca dogmático!
Encontrou o prazer da vida sem contar os emaranhados onde deleitam-se às coisas supérfluas...
Lançou-se em utopias, musicou tristezas em alegrias, despiu-se mesmo sentindo frio e viu como é vil o homem
Era uma vez... mas poderia ser milhares de vezes...
pois quem não teme a inadimplência do tempo,
não se afugenta diante do mesmo sol em nenhum momento..
Nem o viço, muito menos o vício que lhe medirá na balança etérea da consciência
É mais fácil ele ser descrito em uma coincidência entre o existir e o desistir de ser
Era outra vez... e daquela vez, era o mesmo, sem pseudo-nome, sem sombra nem lei.
Éder Carneiro Cardoso e Silva - 2008
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
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